Entretanto junta-se a estas duas raridades uma alvéola citrina nas Lezírias e uma Marrequinha americana na Povoa do Varzim, olhando para o mapa não fazia sentido se não passa-se em Aveiro pois tinha Negrelho, Piadeira americana, Petinha de garganta ruiva, Mobelha pequena e escrevedeira pequena.
Sabia de antemão que arrolar tudo era impossível pois tinha que correr ás mil maravilhas para ter sucesso.
Dia 1
Arranquei de Portimão no dia 10 ás 03:00 da manhã, cheguei á barragem de S.Lúzia ás 09:30, binóculos ao pescoço e olhos fixos nos paredões que formam a barragem e nada da Trepa fragas, vi Rabirruivo, Alvéola branca e cinzenta até uma pequena carriça consegui descobrir ao longe num pequeno ramo que estava nos rochedos e nada da trepadeira incrível! Da parte da tarde com a chegada do sol ainda pensei que a história ia mudar mas nada, desci á parte de baixo e NADA. Com a chegada do fim do dia e sabendo que ainda tinha que atravessar a serra da Estrela para dormir em Seia vi que chegou a hora de desistir.
Dia 2
04:00 da manhã estava pronto para arrancar para a Barragem de Vendas Novas, cheguei a Salto ainda era de noite deu tempo para tomar o pequeno almoço num café que já estava aberto, 07:30 já tinha o scope montado, o mergulhão era o ponto alto da viagem e falhar estava fora dos planos.
passou-se 1 hora, 2 horas e nada do bicho aliás na barragem apenas tinha observado 5 Patos reais, a partir das 09:00 as coisas começaram a melhor apareceu 1º um mergulhão de crista e depois mais um e mais três de seguida, mas mergulhão caçador nem velo.
Bati as margens todos com o telescópio, vi uma raposa, animal que já não via á pelo menos 20 anos e mergulhão nada.
Peguei nos binóculos e comecei a olhar para o lado da barragem onde ele foi mais visto e vi um rasto de água a mexer olhei com o telescópio e lá estava ele a atravessar o "lago".
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| Barragem de Vendas Novas |
Foi fácil encontra o parque das Cidades, mas para meu espanto estava a decorrer provas de escola, o parque estava cheio de alunos a correr, saltar, gritar, a primeira coisa que me veio á cabeça foi que com esta algazarra toda um bicho selvagem já estaria a Km dali.
Perguntei a um policia se havia algum lago perto a que me respondeu que era já ali em frente, mas que teria que ir pela relva pois estava a haver provas de atletismo, por mim tudo bem até dava jeito.
Não demorei 15 minutos a dar com a Marrequinha americana,assim sim a coisa estava a levar jeito.
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| Parque das Cidades |
Seguia-se Aveiro, mas o tempo estava a faltar.
Cheguei á Pateira e praticamente dei com a Piadeira americana.
Agora zarros nem velos até que 1 hora depois aparece uma Negrinha e em seguida o Negrelho, só que não estava a conseguir fazer uma ID segura então lembrei-me de telefonar ao P.M. par ver se ele sabia o código da anilha, mas a bateria do telefone foi-se.
Tinha mais duas horas de luz e tinha que decidir rápido e optei por ir embora, felizmente mais tarde confirmaram-me a identificação do Zarro. Duas raridades e uma ave complicada de encontrar no sul de Portugal já cá cantavam.
Parei em seguida na Porteira, olhei rapidamente par o mar e não vi viva alma, fui para as coordenadas das cervinus, com o pouco tempo que tinha não deu para mais.
Dia 3
Tinha que decidir, ou ficava em Aveiro e contava com a ajuda do S.P. para malhar a Petinha de garganta ruiva e a Escrevedeira pequena ou seguia para as Lezírias tentar a citrina.
Não foi difícil de escolher e ás 10:00 estava de plantão nas Lezírias exatamente no local onde a ave tinha sido observada.
Bati todas as Alvéolas brancas que andavam nos 3 talhões mas próximos sem sucesso, então decidi esperar que ela viesse ter comigo e deu resultado, lá veio ela no meio de meia dúzias de brancas, ficou pouco mais de um minuto e abalou, ainda fiz umas fotos manhosas e deu para vela através do telescópio.
Fiquei ainda mais meia hora a ver se ela voltava, mas não quis mais nada comigo.
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| Frio, muito frio nas Lezírias |
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