Ha muito que tinha programado uma semana na Serra da Estrela (de 6 de Novembro a 12).
Cruza bico e Tordo zornal eram as "últimas" comuns do norte que me faltavam e com a boa notícia de dia antes ter sido observada uma Trepa fragas no Cantaro Magro então tudo estava a ficar espetacular, tempo era o que não me faltava, apesar de ter uns assuntos pessoais para tratar por lá.
Cheguei ainda no dia 5 (Domingo) à noite para na segunda começar a tratar de tudo, passou-se 1 e 2 dias e eu sem conseguir pegar nos binóculos apesar de não ter ainda conseguido resolver tudo decidi que na quarta feira de manhã ia tentar a Trepadeira.
Levantei-me cedo, devo ter chegado lá em cima por volta das 7:30 parei o carro e depressa sai só com os binóculos na mão e...MEU DEUS QUE FRIOOOO.
Bom já que aqui estou vou ter que aguentar, pensei eu, desci por um caminho pedreste e o vento ali era menor, por lá fiquei até às 12:00, vi Ferreirinhas alpinas, Melro de colar, Estorninhos, Gralhas, Corvos, Gavião (até deu para ver que a montanha parecia uma cara) menos a Trepadeira, depois das duas vezes que falhei na Barragem de S.Luzia a saga continuava.
Quinta-feira voltei aos meus afazeres e só no Domingo voltei às aves.
Estava o sol a nascer e eu a caminho da Serra, na Torre para meu espanto encontrei por lá o António Martins um birder que já havia conhecido em Aveiro e com ele estava outro observador, Pierre.
Cheguei as Penhas da Saúde e depressa pude juntar o Tordo Zornal áquela categoria "cheguei, parei e malhei", subi para o Cantaro Magro e já lá estavam os outros dois observadores, descemos para o tla local menos friorento e aguardámos, mas mais uma vez nada da Trepadeira.
Tordo Zornal, Penhas da Saúde |
Ainda desci a Seia para comer umas bifanas, segui para as Penhas Douradas, passando pelo Vale do Rossim, parei o carro junto ao Hotel (única casa que tinha vida) e decidi descer a pé.
Ao fim de duas horas, olho para o cume de uma árvore bem longe, um local que até que já tinha explorado, e pimba lá estava ele, deve ter sido a primeira lifer que identifiquei só pela silhueta!!!
Queria tirar uma foto, corri para o local, mas a ave foi bem simpática até deixou fazer video.
Cruza bico, Penhas douradas |
Apesar de serem relativamente comuns nos seus locais, eram duas lifers num só dia
A fotografar o Cruza bico |
Cheguei ás Lezírias e fui direto ao local, montei o equipamento e esperei, esperei e nada.
Aproximou-se de mim um observador que se apresentou como Helder Costa, perguntou-me se já tinha visto a felosa sem rabo a que eu respondi que não,LOL a ave não têm rabo muito mais fácil para ID.
Depois de mais algum tempo de espera sem sucesso ele diz que vai ao EVOA comer uma sandes e segue em direção ao carro que tinha estacionado no fim da reta dos 38 Moios, abriu-me o apetite e fui eu também ao carro buscar uma sandes, de sandes numa mão e binoculos noutra aparece a ave no meio da vegetação mesmo pertinho de mim.
Felosa sombria |
O Helder parou o carro e juntos observámos a ave por mais alguns minutos, apesar de só se deixar ver muito raramente.
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